Alunos do IFMA de Codó apresentam trabalhos sobre a “História da Cultura Afro” e “Educação Inclusiva”

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Sala de aula transformada em Salão de Umbanda

Para mostrar à comunidade acadêmica e secundarista que temas relevantes precisam ser debatidos de forma sistemática e democrática, dois professores  do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA/ Campus Codó, Professor Wellington e Professora Floriza, debateram com seus alunos ao longo de todo o primeiro semestre letivo as questões da diversidade e inclusão nas escolas e passaram para seus discentes o desafio de apresentarem em sala de aula na “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia” trabalhos voltados para o atual panorama e eventuais sugestões para aprimorar o que se tem. Todos aceitaram o desafio e estão realizando apresentações de trabalhos voltados à área educacional e principalmente discutindo os problemas enfrentados na educação de Codó.

À luz dos debates, foram abordados pelos alunos a “História da Cultura e Arte Afro em Codó” e a Educação Inclusiva ( aquela educação voltada para alunos portadores de deficiência). Na cidade de Codó, ser negro é sinônimo de , apesar da evolução dos tempos, medo de certas discriminações: na escola, religião e no próprio seio familiar.

A História Afro está intrinsecamente ligada ao povo codoense, porém nas escolas codoenses, os próprios professores não estão preparados para trabalhar a diversidade cultural e religiosa. Infelizmente, cada um professor adota a postura de defender seu ponto de vista e não dão a oportunidades para cada estudante  manifestar sua fé ou crença em uma ou outra religião que não seja à dele.

Codó é terra de uma formação diretamente voltada para a cultura de raiz  africana, não é do nada que somos considerados como moradores da capital mundial da umbanda, mas ainda estamos ensinando para nossos filhos, que se auto declarar umbandista ou macumbeiro é sinal de vergonha para a família, pois preferem dizer que são católicos para fugir de eventuais chacotas e desprezo de uma sociedade preconceituosa.

Educação Inclusiva

Outro tema trabalhado nas apresentações foi a “Educação Inclusiva”, tema bastante polêmico e distante do que diz a Lei à prática. Escolas despreparadas e sem condições de acolher os alunos portadores de deficiências. Nesse ponto, os alunos constataram dados alarmantes no que tange às condições dadas à esta categoria de pessoas que infelizmente não conseguem enxergar o mundo da forma que os ditos normais, principalmente por inoperância do Poder Público.

Como educador, desafio qualquer profissional da SEMED para o debate sobre “a escola que queremos e a escola que temos” no campo da educação inclusiva em Codó, pois tanto os dados estatísticos encontrados e declarações de diretores das escolas pesquisadas coadunam para uma educação falida  do ponto de vista da inclusão.

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